Atleta financiada pelo Pró-Esporte se torna a mulher mais jovem do Brasil a fazer escalada sem quedas em dificuldade 10a
Com apoio do Governo do Estado, Amanda Criscuoli, de 16 anos, espera chegar aos Jogos Olímpicos
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A atleta de escalada Amanda Criscuoli fez história nas últimas semanas. Aos 16 anos, ela encadenou (escalou sem quedas) uma via de graduação 10a em Caxias do Sul, conquistando o título de mulher mais nova no Brasil e a primeira gaúcha a atingir esta graduação, além de ser a primeira mulher a conseguir escalar esta via em específico.
Amanda está treinando para atingir o nível olímpico, e, por meio do financiamento do Pró-Esporte, administrado pela Secretaria do Esporte e Lazer (SEL), a atleta montou uma equipe e estrutura para os treinamentos, simulados e participação em competições: “Tudo graças ao projeto, ele tem uma ligação direta com a minha evolução de escalada, de performance, de estar muito melhor, muito mais forte para poder fazer a via,” conta a escaladora.
Entenda a marca atingida
A “via” na escalada é o termo usado para o caminho que é preparado com antecedência, com a colocação de algumas proteções na parede para evitar riscos de acidente. O nível 10a é um dos mais difíceis da escalada. No Brasil, as vias mais complexas são nível 12, com as subdivisões A, B e C.
Amanda não apenas foi a mulher mais jovem no Brasil a conquistar esse nível como também foi a primeira gaúcha. A atleta conta que poucas mulheres no Brasil já encadenaram nesse nível de dificuldade e explica alguns detalhes do esporte:
“A via, como chamamos na escalada, é um caminho preparado previamente com proteções na parede para não ter risco de acidente. Aí a pessoa quando tira os dois pés do chão e começa a escalar, a gente diz que ela “mandou” ou “encadenou” - são sinônimos. Sem uso de nada artificial, eu não posso pendurar uma corda para subir. Então quando eu digo que eu “mandei”, ou eu “encadenei”, foi isso: eu saí do chão e escalei a via inteirinha sem nada artificial, cheguei até a parada e passei a corda lá. E aí esses caminhos, a gente disse que elas têm níveis diferentes de dificuldade.”